Em 1870 o governo português publicou uma lei que cria as Bibliotecas Populares, decidindo que deveria ser construída uma em cada concelho, tarefa a cargo das respectivas Câmaras Municipais, o que viria a dar origem às Bibliotecas Municipais.
A Câmara Municipal da Guarda deliberou, no dia 4 de Novembro de 1880(1), aceitar a criação de uma Biblioteca Municipal, proposta a 4 de Maio desse ano pela Junta Geral do Distrito, a qual contribuiu com um conto de réis para a compra de livros. Previa-se também a criação do cargo de bibliotecário, cujo vencimento passava a estar inscrito no orçamento municipal.
O primeiro espaço que ocupou, provavelmente no ano seguinte ao da sua criação, situava-se no edifício do Governo Civil da Guarda.(2)
De acordo com a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. 4, p. 660, “o catálogo acusava, em 1937, 3.700 espécies, distinguindo-se, entre elas, algumas de subido apreço. Os clássicos portugueses tinham um lugar de destaque, havendo também obras de Teologia. Nesse ano, o movimento de leitores foi de 2.090”.
Em 1962, a Fundação Calouste Gulbenkian inaugura a Biblioteca Fixa nº 41, que partilha o mesmo espaço da Biblioteca Municipal, no edifício do Governo Civil.
Em 1963 a biblioteca muda, pela primeira vez, de edifício, ao instalar-se na Praça Velha(3), na casa que foi sede da Cruz Vermelha, ao lado da Casa do Bom Café e que actualmente pertence à Fundação José Carlos Godinho Ferreira de Almeida.
No ano de 1974 dá-se a segunda mudança, desta vez para o ginásio da antiga Escola do Magistério Primário(4), actual Escola do 1º CEB Augusto Gil, separando-se fisicamente os dois acervos: de um lado o fundo documental da Biblioteca Municipal e do outro o fundo documental da Biblioteca Fixa nº 41 da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 1986 volta a mudar de instalações para o Solar Teles de Vasconcelos(5), uma casa adquirida pela Câmara Municipal e adaptada para o efeito. Funcionaria aqui a Biblioteca Municipal até à inauguração da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, a 27 de Novembro de 2008, a qual se insere na Rede Nacional de Bibliotecas Públicas da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas e que se situa num edifício construído de raiz.
A biblioteca dá apoio às Bibliotecas Escolares do concelho, desde a sua criação em 2001, e dispõe de uma Biblioteca Itinerante, cedida pela Fundação Calouste Gulbenkian à Câmara Municipal, em 1993.
1. Deliberação em Acta da CMG
2. Edifício do Governo Civil
3. Edifício da Antiga Cruz Vermelha, na Praça Velha
4. Escola 1º CEB Augusto Gil
5. Solar Teles de Vasconcelos
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